"A minha investigação sugere a possibilidade de terem sido cometidos crimes contra a humanidade [na Venezuela]. Estou apelando ao Conselho dos Direitos Humanos da ONU para criar uma comissão internacional para investigar os casos de possível violação dos direitos humanos na Venezuela", disse ele.
Em um relatório sobre as violações dos direitos humanos na Venezuela apresentado no final de agosto, o alto comissário denunciou a erosão da democracia venezuelana, exortou o governo de Nicolás Maduro a buscar justiça para as vítimas e apelou a todas as partes para estabelecer um diálogo de maneira a lidar com a crise.
O relatório, baseado em 135 entrevistas com vítimas e familiares, testemunhas, jornalistas, advogados, médicos e membros do Ministério Público, registrou 5.051 detenções arbitrárias desde que a Venezuela ficou mergulhada nos protestos antigovernamentais, 1.958 casos de ferimentos relacionadas às manifestações e 124 mortes.