No entanto, de acordo com o artigo analítico do portal The Duran, a Coreia do Norte poderia sobreviver "com relativa facilidade" até mesmo a um "embargo petroleiro em grande escala", estimando que Pyongyang "possui reservas comprovadas suficientes" de petróleo para satisfazer suas necessidades do consumo interno caso importações sejam banidas.
Segundo o portal, mesmo antes da nova probabilidade de sanções, a Coreia do Norte "tem sido cada vez mais autossuficiente para aproveitar suas próprias reservas de petróleo, que ainda não foram utilizadas".
"Panorama amplamente positivo"
Os resultados de seu relatório mostraram "uma perspectiva amplamente positiva" quanto à Coreia do Norte, um Estado que sempre se esforçou para atingir a autossuficiência econômica.
O relatório "indicou claramente" que, apesar das sanções que limitaram uma parte da capacidade da Coreia do Norte de extrair seu próprio petróleo, o país tinha reservas comprovadas suficientes que desde 2015 pôde refinar para satisfazer as necessidades do consumo interno, assinala Duran.
Seguindo o raciocínio, em 2004, a empresa britânica Aminex PLC estimou que, uma plataforma petrolífera norte-coreana no mar do Japão continha entre 4.000 e 5.000 milhões de barris de petróleo bruto. Simultaneamente, a empresa da Mongólia, HBOil, realizou explorações na zona ao sul de Pyongyang e perfurou 22 poços, a maioria dos quais continha petróleo bruto, o que corresponderia à extração diária de 75 barris pela Coreia do Norte.
Adaptação de equipamento importado
Enquanto os críticos sobre Coreia do Norte com muita frequência se concentram no fato de que o país carece de dispositivos tecnológicos fabricados no exterior, tanto no setor civil, quanto no militar e energético, a realidade é que "graças a essa privação artificial", Pyongyang percorreu um caminho longo no que se trata da criação de seus próprios sistemas informáticos, de armas, bem como os de extração da energia, concluiu o artigo.