A decisão se deu "tendo em conta que a Coreia do Norte vem violando reiterada, e flagrantemente as Resoluções do Conselho de Segurança da ONU", de acordo com comunicado divulgado pela Chancelaria peruana.
"[A Coreia do Norte] ignora os constantes chamados da comunicade internacional para cumprir suas obrigações internacionais, para respeitar o direito internacional e finalizar de maneira irreversível o seu programa nuclear", continuou a nota.
Gobierno del Perú declara persona non grata al Embajador de la República Popular Democrática de Corea https://t.co/s3nxH9q2Nd pic.twitter.com/lE3ZRd4lS3
— Cancillería Perú🇵🇪 (@CancilleriaPeru) 11 de setembro de 2017
A decisão é semelhante à adotada pelo governo mexicano, e se deve a uma reação por conta do mais recente teste nuclear conduzido por Pyongyang, no último dia 3 de setembro – o sexto da história norte-coreana, e que foi altamente criticado no exterior.
Segundo Lima, o embaixador norte-coreano Kim Hak-chol tem cinco dias para deixar o Peru. Na Cidade do México, o presidente Enrique Peña Nieto foi ainda mais duro com o chanceler norte-coreano Kim Hyong-gil, que teve apenas 72 horas para deixar o país.
As decisões também acontecem um mês após a visita do vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, a vários países latino-americanos. Na ocasião, ele pediu que as nações locais cortassem relações com Pyongyang – movimento que não obteve adesão total, incluindo o Brasil, que se negou a comentar o assunto à época.
Da sua parte, os diplomatas norte-coreanos vêm defendendo a posição do governo de Kim Jong-un no exterior: de que o programa nuclear do país é apenas uma arma de defesa contra as hostilidades dos EUA, mesmo país acusado pelas expulsões diplomáticas.