Nesta quarta-feira, a imprensa alemã divulgou que os militares norte-americanos teriam fornecido aos rebeldes sírios armas e munições originárias do Leste Europeu. A base aérea de Ramstein, sede da Força Aérea dos Estados Unidos na Alemanha, teria sido usada para esse fim, em violação às leis alemãs.
Os representantes dos ministérios das Relações Exteriores e da Economia alemãos já emitiram comunicados, afirmando desconhecer o fato.
"O ministério da Defesa [dos EUA] não armazrna nem transporta armas nem munições para Síria a partir das bases dos Estados Unidos na Alemanha. O ministério da Defesa cumpre e cumprirá todas as leis alemãs", disse Baldanza.
Ela garantiu que o Pentágono emitiu um aviso à todas as empresa terceirizadas, informando a proibição de armazenar ou de transportar as cargas destinadas para a oposição síria na Alemanha.
Segundo Süddeutsche Zeitung, o governo dos EUA treinou e equipou tropas da oposição síria no âmbito do programa da CIA "Timber Sycamore". As armas e munições de modelos soviéticos, em lotes que valiam bilhões de dólares, eram adquiridas por organizações militares privadas no Leste Europeu e nos Bálcãs, revelou o jornal. Os jornalistas conseguiram rastrear a cadeia de fornecimento, que começava nas fábricas da Sérvia, Bósnia, Chéquia e Cazaquistão e seguia até a Turquia e a Jordânia. O jornal afirma que as cargas eram transportadas pelos portos na Romênia e Bulgária, ou pela base aérea de Ramstein.