Ao efetuar com toda a responsabilidade sua missão espacial durante 20 anos, 13 dos quais a sonda voou ao redor de Saturno mergulhando em seus anéis, a sonda contribuiu significativamente na área de exploração espacial ao oferecer muitos dados e conhecimentos à Terra.
Por que a NASA decidiu 'matar' sua sonda veterana?
A sonda Cassini (aqui você pode conferir a visualização 3D da nave espacial) é um dos projetos mais caros, mais duradouros e mais bem-sucedidos da NASA, do qual participaram não apenas os EUA, mas também a Agência Espacial Europeia e a Agencia Espacial Italiana (ASI).
Astrônomos da NASA destacam haver pelo menos duas razões para a sonda "morrer" na atmosfera de Saturno.
Primeiramente, assim que acabasse o combustível da mesma, ela seria lixo espacial, mas, entrando na atmosfera de Saturno seria destruída completamente.
Outra razão, aproximando-se do planeta, a Cassini seria capaz de obter imagens e dados importantes de Saturno.
Méritos da nave espacial
Outro mérito da Cassini se trata dos dados obtidos sobre a composição e a origem dos anéis de Saturno, pois agora se sabe que são restos de satélites naturais pequenos, que foram destruídos muito tempo atrás.
Beijo final
Hoje, em 15 de setembro, a NASA confirmou que a Cassini mergulhou em Saturno às 7h31 (horário de Brasília) destruindo-se no processo. Os últimos sinais chegaram à Terra 83 minutos depois.
Segundo a diretora da missão espacial Cassini, Linda Spilker, a sonda transmitiu com sucesso as últimas imagens de Saturno, suas luas e anéis, bem como as fotografias do último ponto que viu antes da morte. Os cientistas mantêm esperanças de que esses dados, que serão recebidos pela Terra em breve, ajudarão a revelar mais enigmas sobre o nascimento do nosso Sistema Solar.
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— ESA (@esa) 15 de setembro de 2017
Como tudo era há 20 anos
A Cassini deu adeus à Terra na madrugada de 15 de outubro de 1997, levantando-se do Cabo Canaveral (Estados Unidos).
Entre 1998 e 1999 foi realizada uma série de manobras perto de Vênus para aproveitar sua gravidade e ganhar velocidade, preservando ao máximo seu precioso combustível de plutônio. Em seguida, regressou de novo à Terra para obter mais um impulso. Assim, em agosto de 1999 passou a distância de 377.000 km da Lua e se despediu para sempre do nosso planeta.