"Não tenho certeza de que assinaremos essa declaração", disse o diplomata.
De acordo com Nebenzya, muitas das ideias expressas na declaração são importantes e "correspondem às propostas do secretário-geral". Ao mesmo tempo, ele ressaltou que através de uma declaração não se pode reformar a organização.
Nebenzya destacou que o documento preparado pelos EUA é uma "declaração dos países que têm visões semelhantes sobre essa questão, mas ela não é uma instrução para o secretário-geral sobre como reformar a organização".
Em 18 de setembro, o presidente estadunidense Donald Trump convocará uma reunião de líderes mundiais dedicada à reforma das Nações Unidas. Os participantes da negociação devem assinar uma declaração de 10 pontos dirigida ao secretário-geral António Guterres com o apelo para "iniciar uma reforma eficaz" da entidade internacional.
A representante oficial do Departamento de Estado dos EUA, Heather Nauert, declarou em 14 de setembro que Washington irá perseguir cinco objetivos diferentes na sessão da Assembleia Geral da ONU, inclusive dará "passos firmes para efetuar uma reforma da ONU".
O assessor do presidente russo Yuri Ushakov declarou em 7 de setembro que Vladimir Putin não recebeu um convite do seu homólogo norte-americano para participar da respetiva reunião. Antes, o Kremlin informou que Putin não vai discursar no evento.
A sessão da Assembleia Geral da ONU se iniciou em 12 de setembro. A partir de 19 de setembro, começarão as discussões de questões de política geral no âmbito da semana de alto nível. Espera-se que a delegação russa seja encabeçada pelo chanceler Sergei Lavrov.