Como, então, Pyongyang consegue manter seu programa militar e nuclear? Uma investigação da ONU e dos Estados Unidos, obtida pelo jornal South China Morning Post, encontrou oito maneiras utilizadas pela Coreia do Norte para contornar as sanções:
Contrabando
Navios desligam seus sistemas de rastreamento para visitar portos norte-coreanos. Outra tática utilizada é deixar a embarcação principal ancorada em algum porto próximo e utilizar um navio menor para buscar itens na Coreia do Norte.
Falsificação
De acordo com a ONU, oito navios do país de Kim Jong-un têm uma documentação falsa que impede inspeções de agências internacionais. Outro truque consiste em mudar o nome das embarcações para evitar o reconhecimento.
Exploração de mão de obra no exterior
Cerca de 100 mil norte-coreanos trabalham fora de seu país natal e geram uma receita estimada de US$ 500 milhões para Pyongyang, de acordo com o governo dos Estados Unidos.
Trabalhadores da Coreia do Norte também são utilizados como terceirizados por outras companhias.
Modificando os equipamentos que consegue adquirir
Empresas de fachada
Companhias de fachada em Singapura, Malásia e Hong Kong foram utilizadas para receber recursos destinados para a Glocom, empresa norte-coreana especializada em equipamentos militares. Para dificultar a identificação de irregularidades, os pagamentos eram feitos de forma fracionada, informou a ONU.
Cobertura diplomática
Os diplomatas da Pyongyang abrem diversas contas bancárias no exterior. Segundo o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, Kim Chol-sam abriu oito contas na China e em Hong Kong com a ajuda de empresas de fachada e movimentou milhões de dólares.
Vendas de armas
Apesar do embargo determinado pela ONU, a Coreia do Norte segue vendendo armas e treinamento militar. A investigação descobriu compradores nos seguintes países: Angola, República Democrática do Congo, Eritreia, Moçambique, Namíbia, Síria, Uganda e Tanzânia