Em questão de horas, destacamentos de assalto conseguiram expulsar os militantes do grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia) de várias aldeias, fazendo com que os extremistas recuassem para norte.
Anteriormente, o comando do grupo de aviação russa na Síria afirmou que falta limpar apenas 15% do território sírio para libertar completamente o país árabe.
Segundo o analista militar e ex-coronel Viktor Baranets, esta tarefa pode vir a ser muito difícil.
"Os restantes 15% podem acabar sendo muito difíceis [de libertar]. É verdade que os militantes do Daesh estão deixando Deir ez-Zor, parte deles está se deslocando para Raqqa, onde pretendem travar a última batalha. É o último baluarte em que eles depositam muitas esperanças", afirmou Baranets para o serviço russo da Rádio Sputnik.
No entanto, sublinha o especialista, tanto Washington como Londres mudaram de estratégia, ordenando que eles "sumissem" e, assim, alguns destacamentos de terroristas há pouco atravessaram a fronteira da Jordânia e criaram lá um acampamento.
"Parece que o Qatar e a Arábia Saudita também estão prontos a dar-lhes as boas-vindas. Daí vem a conclusão de que parte dos combatentes terroristas está se espalhando pelos países vizinhos. Mas eles não vão ficar lá sem fazer nada, vão se preparar para novos ataques", advertiu o analista.
De acordo com Viktor Baranets, o exército sírio ainda tem muitas tarefas para resolver.
"Enquanto as tropas sírias estão expulsando os grupos do Daesh, atrás delas estão vastos territórios não controlados, onde os militantes têm possibilidades de penetrar. Por isso, está sendo discutido o aumento da vigilância policial nos territórios libertados", disse o analista.
Além disso, o Leste e Noroeste da Síria, lembra, são um terreno onde, mesmo sem batalhas grandiosas como a de Deir ez-Zor, haverá ainda muito trabalho para o exército sírio e militares russos, conclui Baranets.