O relatório publicado pelo jornal japonês Sekai Nippo, citando uma fonte "informada" e "familiarizada com a situação da Coreia do Norte", disse que o tamanho do submarino nuclear em construção não está claro, mas que o governo de Kim Jong-un em Pyongyang espera tê-lo em operação dentro de três anos.
Se confirmada, a iniciativa norte-coreana poderia indicar um passo dramático para a marinha do país, que os analistas estimam operar com uma frota de 50 a 60 submarinos diesel-elétricos, que fazem mais barulho e são mais fáceis de detectar do que os submarinos nucleares.
O Sekai Nippo publicou ainda que engenheiros chineses e russos estão envolvidos no esforço da Coreia do Norte para construir um submarino nuclear, e que a construção tem ocorrido clandestinamente dentro de uma doca perto de Nampo desde janeiro deste ano.
Nampo é uma cidade portuária a cerca de 30 milhas de Pyongyang e é o lar de uma concentração de fábricas que fabricam produtos eletrônicos e de máquinas, tornando-o "ideal para a construção de um submarino", disse o jornal japonês.
Além dos seus mísseis balísticos tradicionais, a Coreia do Norte vem se esforçando para desenvolver mísseis balísticos submarinos nos últimos anos. Para isso, Pyongyang realizou silenciosamente pelo menos seis lançamentos com o Pukguksong-1 desde 2014, de acordo com o 38 North, um site especializado em assuntos norte-coreanos.
O submarino nuclear em construção poderia ser usado para mover o Pukguksong-1 para as águas internacionais de uma forma muito mais silenciosa e difícil de detectar capaz de evadir as defesas de mísseis existentes nos EUA, no Japão e na Coreia do Sul.
Entretanto, analistas dizem que o status do programa de mísseis submarinos da Coreia do Norte é obscuro, como boa parte do programa nuclear o país asiático. No mês passado, Pyongyang conduziu um “teste de ejeção”, alvo de críticas em Washington.