Emma Kelty, cidadã britânica de 43 anos, abandonou seu cargo de diretora de uma escola do Reino Unido em 2014 para viajar. Dentre as regiões que visitou durante sua jornada de viagens, ela esquiou no Polo Sul e percorreu mais de 4.000 km nos Estados Unidos. Finalmente, ela decidiu navegar pelo rio Amazonas de caiaque e sozinha, saindo do nascimento do rio nos Andes peruanos até o oceano Atlântico.
Kelty documentou sua viagem no Facebook, incluindo os seus últimos momentos de vida. "Vão roubar meu barco e me matar, que bom!", escreveu ela em um momento da aventura.
Depois de publicar a mensagem alarmante em 10 de setembro, a viajante escreveu uma mensagem mais tranquilizada: "Estou fora de perigo”. Então, Kelty, decidida a completar sua viagem pelo rio Amazonas até o Atlântico, continuou a descida.
Pouco tempo depois, ela voltou a publicar em sua conta: "Hoje eu tive que andar por 20 km no meio de tempestades! Cheguei à cidade sem problemas e suspirei aliviada… Então, ao virar de uma esquina, eu vi 50 pessoas em barcos a motor com flechas e rifles!"
Enjoying a moments peace… all is calm and just enjoying just being. #peru #so2017 #sourcetosea #riverlife #amaz… https://t.co/QFu0QAZkoq pic.twitter.com/Ak6CMLAFmO
— Emma Tamsin Kelty (@Emt101s) 10 de setembro de 2017
E em sua última mensagem, publicada no dia 13 de setembro, a aventureira escreveu que conheceu três aldeões "encantadores" que dormia com dois gatinhos ao lado de sua barraca.
No entanto, Kelty fez um pedido alarmante de ajuda horas depois, de acordo com 'The Guardian'.
Mais tarde, as autoridades brasileiras informaram que uma gangue de 7 pessoas se aproximou da tenda da mulher, instalada em uma ilha perto da cidade brasileira de Lauro Sodré, roubou suas coisas e atirou nela duas vezes com uma espingarda, jogando o corpo da mulher no rio.
A polícia prendeu três pessoas e procura os outros. Um menino de 17 anos que foi preso confessou às autoridades que roubaram as coisas de Kelty e depois a assassinaram. Os oficiais de bombeiros e a Marinha brasileira continuam procurando seu corpo, registrando a área onde alegadamente foi jogada.
O chefe da polícia do estado do Amazonas disse que os ladrões tentaram vender as coisas da mulher: dois celulares, uma câmera GoPro e um tablet, informa a BBC.