Em declarações ao Conselho, Mladenov acusou o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de utilizar uma retórica provocadora para amentar a quantidade de assentamentos. De acordo com o enviado, de junho a setembro, a maior parte das novas construções se concentrou em Jerusalém Oriental, com planos para 2.300 novas unidades de habitação, aumento de 30% em relação ao ano passado.
"As atividades ilegais de assentamentos de Israel continuaram a uma alta taxa, um padrão consistente ao longo do ano", afirmou o funcionário das Nações Unidas.
Há nove meses, o Conselho de Segurança da ONU adotou uma resolução exigindo o fim dos assentamentos israelenses. Na ocasião, os Estados Unidos, ainda sob administração do presidente Barack Obama, não utilizaram o seu poder de veto para barrar o projeto, preferindo a abstenção. Segundo a organização, os assentamentos de Israel em território considerado palestino são ilegais do ponto de vista do direito internacional e inviabilizam uma solução pacífica, de dois Estados, para a região.