Segundo a mesma fonte diplomática, a situação apresentou sensível piora nos últimos meses, com a sequência de testes balísticos e a última prova nuclear, todos conduzidos por Pyongyang e reprovados por Pequim.
"Parece ser verdade que a comunicação não tem sido tranquila. Já faz algum tempo que trocas significativas entre autoridades de alto escalão foram rompidas, e nada sobre um recomeço foi mencionado", disse a fonte chinesa à Yonhap.
O último contato significativo foi um "diálogo estratégico" entre o então vice-ministro de Relações Exteriores da Coreia do Norte, Kim Kye-gwan, e seu homólogo chinês, Zhang Yesui, em junho de 2013, para discutir a reabertura das negociações entre seis países, disse a fonte.
Recentemente, o ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, se reuniu brevemente o chanceler norte-coreano, Ri Yong-ho, para alertar contra as provocações militares de Pyongyang durante um fórum regional anual da ASEAN em Manila, no início do mês passado. Estava prevista ainda uma reunião bilateral entre os dois na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, que acontece desde a semana passada.
"Altas autoridades chinesas expressaram suas preocupações quanto às relações com Pyongyang", completou a fonte à agência sul-coreana.
A China diz que está fazendo todos os esforços possíveis para dissuadir o Norte de desenvolver armas nucleares e mísseis, mas o efeito desses esforços é limitado. A falta de resultados já rendeu críticas abertas a Pequim, feitas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Coreia do Norte vai à Rússia
Uma representante da Coreia do Norte embarcou nesta segunda-feira para Vladivostok, onde teria um encontro com o embaixador russo Oleg Burmistrov, informou a Agência Central Coreana de Notícias (KCNA).
Segundo a agência, a diretora-geral do departamento norte-americano no Ministério de Relações Exteriores da Coreia do Norte, Choe Son-hui, levou na pauta de assuntos a tratar com o chanceler da Rússia o aumento das tensões na Península da Coreia.
Na semana passada, Choe se reuniu com o embaixador russo em Pyongyang, Alexander Matsegora, segundo informou a Embaixada da Rússia no país.
A expectativa é que os encontros tenham relação com as indicações dadas pelo Kremlin, de que o governo do presidente Vladimir Putin quer ter um maior papel na busca por uma saída diplomática para as tensões entre Coreia do Norte e EUA.