Venezuela se diz 'ameaçada' por Trump e não descarta resposta militar contra os EUA

© REUTERS / Ueslei MarcelinoJorge Arreaza, el canciller de Venezuela
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O ministro venezuela de Relações Exteriores, Jorge Arreaza, não descartou nesta segunda-feira, em discurso na Assembleia Geral da ONU, a possibilidade de Caracas dar uma resposta militar aos Estados Unidos, que estariam representando uma "ameaça" ao país.

"Como se ele fosse o presidente do mundo, o imperador Donald Trump usou essa tribuna construída para paz para declarar guerra ao mundo, para a destruição de Estados membros. E a aplicação de medidas unilaterais e ilegais", afirmou o chanceler da Venezuela.

"Hoje devemos ter ciência para o mundo todo que a nossa gente foi diretamente ameaçada pelo presidente dos Estados Unidos", continuou.

Em seu primeiro discurso à Assembléia Geral das Nações Unidas, há uma semana, Trump ameaçou "destruir totalmente" a Coreia do Norte, se necessário, ao mesmo tempo que emitiu avisos acentuados à Venezuela e ao Irã, que também seriam ameaças ao mundo.

Trump advertiu que seu governo poderia tomar "novas ações" para responsabilizar o governo venezuelano de Nicolás Maduro e chamou o acordo nuclear internacional com o Irã "um embaraço" para os Estados Unidos.

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Anteriormente, Trump chegou a mencionar a possibilidade de uso da força contra o governo de Maduro. Diante desta e da mais recente pontuação feita pelo presidente dos EUA contra o país, Arreaza garantiu que a Venezuela está pronta para responder na mesma moeda.

"A Venezuela sempre procurará o diálogo com respeito mútuo ao povo dos EUA, mas como um país livre que somos, estamos decididos a defender a nossa soberania e democracia contra qualquer cenário e por meio de qualquer modalidade", destacou o ministro.

"Devemos pôr fim à loucura […] mas se formos atacados nós iremos responder no mesmo terreno em que formos atacados. Esperamos que isso não aconteça nunca", emendou o chanceler venezuelano.

Arreaza ainda condenou as sanções recentes contra Rússia e Irã e comentou que o discurso feito na mesma assembleia pelo ex-presidente venezuelano Hugo Chávez, em 2006, continua válido. Na ocasião, ele comentou que o encontro "cheirava a enxofre" e comparou o então presidente dos EUA, George W. Bush, ao diabo.

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