Com a saída da base de Al-Zakf, a presença permanente dos EUA no sul da Síria se limitará à base militar de Al-Tanf, situada na interseção das fronteiras da Síria, Jordânia e Iraque. É aí que se realiza o treinamento das forças armadas da oposição. Em Al-Tanf se localizam ainda os sistemas lançadores múltiplos de foguetes HIMARS dos EUA, que foram anteriormente deslocados da Jordânia.
Segundo o especialista militar Vladimir Evseev, os norte-americanos estão concentrando gradualmente a sua atenção em outra região da Síria.
"Criando as bases no sul do país, os EUA planejavam formar uma espécie de zona de amortecimento para deslocar para lá os militantes que estão treinando na Jordânia. Entretanto, não foi possível fazê-lo por causa do exército sírio e das forças pró-iranianas. Washington começou buscando opções para manter sua presença na zona, que se tornou uma área de distensão. A Rússia garantiu a retirada do Hezbollah desta região. É por isso que, para os norte-americanos, deixou de fazer sentido ter uma presença tão grande nesta área. Mais do que isso, os EUA não consideram o sul da Síria como uma prioridade. Sua atenção principal agora é Deir ez-Zor", disse Evseev.
A situação operacional impõe aos norte-americanos a necessidade de reduzir significativamente o apoio à oposição armada no sul e, pelo contrário, aumentar a assistência aos curdos das Forças Democráticas da Síria (FDS) no leste, explicou o especialista.