Por isso, na luta contra o terrorismo não se pode repetir os erros do passado e anunciar a eliminação da ameaça após a vitória na região.
"A ameaça do terrorismo vai dar muito trabalho ainda por muitos anos. Apesar de, desde 2014, o Daesh ter perdido na Síria e Iraque metade dos territórios conquistados, e mesmo que nos próximos meses seja possível expulsar o grupo de seus últimos bastiões, ainda assim o problema permanecerá e vai exigir uma solução de longo prazo", afirmou ele nesta sexta-feira (29) em entrevista aos jornalistas.
Neumann explicou que o "fim do Daesh" no território da Síria e Iraque não significa o fim da luta contra o terrorismo, isso nem sequer significa uma vitória sobre o Daesh, sendo apenas o fim do projeto territorial do Daesh.
De acordo com os dados, há cerca de 10 mil pessoas nesse grupo. Deles 20% fugiram ou morreram, cerca de 40-50% ainda estão no Oriente Médio e um terço já voltou à Europa ou ainda estão a caminho.
O especialista frisou que não se pode cometer o mesmo erro que os EUA cometeram em 2011, afirmando que com a morte de Osama bin Laden a organização terrorista Al-Qaeda (proibida na Rússia e em vários outros países) foi derrotada e que daquele jeito o problema foi resolvido.