Jornalistas são condenados na Ucrânia por suposto apoio ao separatismo

© Fotolia / Andrey BurmakinJuiz. Tribunal. Corte.
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Uma corte ucraniana decidiu condenar dois jornalistas acusados de criar uma organização terrorista e de separatismo. Dmitry Vasilets e Yevgeny Timonin, criadores do canal de TV Novorossiya, receberão uma pena de nove anos de prisão.

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Nenhum dos acusados, detidos desde 2015, ouviu a leitura da sentença realizada no Tribunal de Andrushovsky, na região de Zhytomyr. Enquanto Timonin preferiu deixar a sala antes da condenação, Vasilets foi tirado às forças do local por criticar a atuação da justiça ucraniana, dizendo ser absurda a sua prisão. 

De acordo com a advogada dos jornalistas, Svetlana Novitskaya, a decisão da corte foi errada, uma vez que não foi apresentada qualquer evidência válida contra os acusados. 

"É claro que vamos apelar da sentença. Estamos enviando queixas ao Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos e para a OSCE, que estavam seguindo o caso. Vamos escrever para todos os órgãos de imprensa, Anistia Internacional, organizações de defesa dos direitos humanos e organizações estrangeiras", disse ela. 

Em agosto, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia pediu aos membros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa e do Conselho da Europa uma condenação significativa das políticas de Kiev em relação à imprensa. Atualmente, há dezenas de casos de perseguição a jornalistas na Ucrânia, principalmente contra funcionários da mídia russa, regularmente impedidos de entrar no país. 

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