Em entrevista à revista Época, o ex-deputado federal afirmou que Moro se considera um salvador da pátria.
"Nós temos um juiz que se acha salvador da pátria. Ele quis montar uma operação Mãos Limpas no Brasil — uma operação com objetivo político. Queria destruir o establishment, a elite política. E conseguiu."
"Não me prenderam de acordo com a lei, para investigar ou porque estivesse embaraçando os processos. Prenderam para ter um troféu político. O outro troféu é o Lula. Um troféu para cada lado. O MP [Ministério Público] e o Moro queriam ter um troféu político dos dois lados. Como [Rodrigo] Janot já era meu inimigo, todos da Lava Jato estavam atrás de mim."
Cunha também afirmou que está disposto a fazer um acordo de delação premiada, coisa que não foi possível até o momento porque o ex-Procurador-Geral da República Rodrigo Janot queria usá-lo para derrubar o presidente Michel Temer (PMDB).
O ex-deputado ressaltou que tem "histórias quilométricas para contar", mas que não irá confessar crimes que não cometeu.