Na última sexta-feira, o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, disse que o referendo curdo é ilegítimo e unilateral, ao acrescentar que Washington não reconhece seus resultados e convida todas as partes a evitar a violência.
"Consideramos a posição estadunidense como um novo erro estratégico da administração dos EUA que liga o referendo democrático à luta contra o Daesh", disse Ibrahim.
Ele enfatizou que é "um erro histórico precedido por outro quando os EUA decidiram deixar o Iraque e deixar um vazio para os Estados vizinhos e grupos terroristas".
"Sua posição contra o referendo encoraja terroristas na região, e é a mesma posição que a dos líderes em Bagdá que oprimem [o Curdistão] com suas sanções", disse Ibrahim.
Ainda segundo o político curdo, os EUA "têm medo de que um momento errado seja escolhido e que (o referendo) possa ser um fator debilitante para a luta contra a luta contra o Daesh".
"Mostramos em várias mensagens que o Curdistão iraquiano desde o início lutou sozinho contra o Daesh e quebrou a espinha dorsal do terrorismo com a ajuda da comunidade internacional", disse ele.
A consulta de independência popular ocorreu em 25 de setembro, na região autônoma do Curdistão iraquiano, e nas áreas disputadas por Erbil e Bagdá, incluindo a cidade de Kirkuk.
De acordo com a comissão eleitoral iraquiana do Curdistão, 93% dos eleitores apoiaram a independência da região.
As autoridades no Iraque chamaram a consulta ilegítima e enfatizaram que não negociarão com o governo regional curdo ou reconhecerão os resultados da votação.
O referendo também foi criticado internacionalmente pelos EUA, Irã, Turquia, a ONU e a Liga Árabe.