Sem reconhecer referendo, EUA erram e fortalecem o Daesh, diz líder do Curdistão

© REUTERS / Azad LashkariPreparativos para o referendo sobre a independência no Curdistão iraquiano
Preparativos para o referendo sobre a independência no Curdistão iraquiano - Sputnik Brasil
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O Curdistão iraquiano considerou um erro estratégico a posição dos EUA sobre os resultados do referendo sobre a independência desta região autônoma, realizada na segunda-feira, disse o vice-presidente do parlamento curdo, Jaafar Ibrahim, à Sputnik.

Na última sexta-feira, o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, disse que o referendo curdo é ilegítimo e unilateral, ao acrescentar que Washington não reconhece seus resultados e convida todas as partes a evitar a violência.

"Consideramos a posição estadunidense como um novo erro estratégico da administração dos EUA que liga o referendo democrático à luta contra o Daesh", disse Ibrahim.

Ele enfatizou que é "um erro histórico precedido por outro quando os EUA decidiram deixar o Iraque e deixar um vazio para os Estados vizinhos e grupos terroristas".

"Sua posição contra o referendo encoraja terroristas na região, e é a mesma posição que a dos líderes em Bagdá que oprimem [o Curdistão] com suas sanções", disse Ibrahim.

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Ainda segundo o político curdo, os EUA "têm medo de que um momento errado seja escolhido e que (o referendo) possa ser um fator debilitante para a luta contra a luta contra o Daesh".

"Mostramos em várias mensagens que o Curdistão iraquiano desde o início lutou sozinho contra o Daesh e quebrou a espinha dorsal do terrorismo com a ajuda da comunidade internacional", disse ele.

A consulta de independência popular ocorreu em 25 de setembro, na região autônoma do Curdistão iraquiano, e nas áreas disputadas por Erbil e Bagdá, incluindo a cidade de Kirkuk.

De acordo com a comissão eleitoral iraquiana do Curdistão, 93% dos eleitores apoiaram a independência da região.

As autoridades no Iraque chamaram a consulta ilegítima e enfatizaram que não negociarão com o governo regional curdo ou reconhecerão os resultados da votação.

O referendo também foi criticado internacionalmente pelos EUA, Irã, Turquia, a ONU e a Liga Árabe.

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