"Há empresários britânicos, boas pessoas, desejando investir no desenvolvimento do litoral de Sirte. Eles poderiam tornar Sirte em um novo Dubai. A única coisa que eles têm de fazer é tirar os cadáveres de lá."
Mesmo que muitos tenham rido, logo em seguida no Twitter apareceram comentários condenando as palavras de Johnson.
"100% inaceitável por parte de ninguém, principalmente de um secretário das Relações Exteriores. É preciso demitir Boris por isto. Ele não representa o meu partido", escreveu a deputada Heidi Allen.
100% unacceptable from anyone, let alone foreign sec. Boris must be sacked for this. He does not represent my party. https://t.co/v2RHlbjlnB
— Heidi Allen (@heidiallen75) 3 de outubro de 2017
Sua colega Anna Soubry expressou o mesmo ponto de vista, apelando a que a primeira-ministra do país, Teresa May, demita Johnson.
Por sua vez, o secretário do Exterior aceitou o desafio, escrevendo em sua conta no Twitter o seguinte:
"Que as pessoas que não sabem e não entendem a situação na Líbia, mas querem aproveitar politicamente a situação extremamente perigosa em Sirte, sintam vergonha", acrescentando que é muito difícil retirar os corpos dos terroristas do Daesh (organização proibida na Rússia e em vários outros países) por causa de artefatos explosivos e minas improvisadas.
Shame people with no knowledge or understanding of Libya want to play politics with the appallingly dangerous reality in Sirte
— Boris Johnson (@BorisJohnson) 3 de outubro de 2017
Porém, as palavras de Johnson não acalmaram seus inimigos. À luz do discurso da premiê do país durante a reunião, muitos começaram acusando Teresa May de fraqueza e incapacidade de "acabar com" o ministro.