No livro, intitulado "Behind the Fog: How the U.S. Cold War Radiological Weapons Program Exposed Innocent Americans" ("Por trás da neblina: Como o programa de armas radiológicas afetou norte-americanos inocentes"), sua autora, Lisa Martino-Taylor, professora de sociologia da Universidade Comunitária de San Luis, sugere que o programa de armas radiológicas era prioridade para a Casa Branca na época.
Os mais vulneráveis
De acordo com o livro, os experimentos eram realizados em todos os Estados Unidos, bem como na Inglaterra e Canadá, onde, supostamente, pessoas desprevenidas foram sujeitas a substâncias potencialmente perigosas através de pulverização, ingestão e injeções.
A autora afirma que as consequências à saúde provocadas pelo programa permanecem desconhecidas e que o rastreamento de causas específicas de doenças tais como câncer seria difícil.
"Armas mistas"
Ao analisar documentos previamente inéditos, incluindo registros do Exército, Martino-Taylor descobriu que um grupo pequeno de investigadores, apoiados por instituições acadêmicas, trabalhavam no desenvolvimento de armas radiológicas e, logo depois, "armas mistas" usando substâncias radioativas junto com armas químicas e biológicas.
O livro, que foi publicado em agosto, continua sua tese de 2012, segundo a qual o governo efetuava experimentos secretos com zinco e sulfureto de cádmio em uma zona pobre de San Luis nas décadas de 1950 e 1960.