O acidente ocorreu em 2011, quando um terremoto e tsunami desativaram os geradores de emergência que resfriavam o combustível nuclear utilizado pela usina.
A pesquisa, publicada pelo periódico Proceedings of the National Academy of Sciences, mostra que um isótopo radioativo de césio (césio-137), que é gerado através de fissão nuclear e pode ser letal para humanos em altas concentrações, foi encontrado nas areias e águas subterrâneas ao longo de 100 quilômetros do litoral próximo à antiga usina nuclear.
O levantamento coletou análises entre 2013 e 2016 de oito praias diferentes e retirou suas amostras a uma profundidade de cerca de 2 metros. Os níveis de césio encontrados nas próximidades de Fukushima foram 10 vezes maiores que o nível registrado no local do acidente. Os pesquisadores acreditam que o material radioativo deve ter sido transportado ao longo da costa por correntes oceânicas.
Com a metade dos reatores nucleares mundiais situados ao longo do litoral, o rastreamento de material radioativo tão distante do local do incidente pode ajudar a melhorar o monitoramento e os acidentes das usinas nucleares, de acordo com os pesquisadores.