Especialista: conflito entre EUA e Alemanha pode deflagrar por causa de apenas um fuzil

© AFP 2023 / RONNY HARTMANNSoldado alemão com fuzil G36
Soldado alemão com fuzil G36 - Sputnik Brasil
Nos siga no
A Alemanha busca substituir o fuzil de assalto obsoleto G36. O Ministério da Defesa do país lançou o concurso público, mas de fato não aceita a participação das empresas norte-americanas, acha o especialista alemão Jurgen Grasslin.

Fuzil de assalto de classe Kalashnikov - Sputnik Brasil
Kalashnikov vs M4A1: qual é o melhor fuzil do mundo? (VÍDEOS)
O concurso público anunciado pelo Ministério da Defesa da Alemanha que tem como o objetivo escolher o fabricante do novo fuzil que substituirá o fuzil de assalto G36 está indo de vento em popa. Mas o seu vencedor pode estar já determinado. Os analistas acham que vai ser escolhida a empresa Heckler & Koch.

O fuzil de assalto G36, desenvolvido pela mesma empresa, já não corresponde às exigências e é muito criticado. No inverno de 2015, a ministra da Defesa da Alemanha Ursula von der Leyen decidiu que o fuzil deve ser substituído.

Segundo comunicou à Sputnik o especialista militar Jurgen Grasslin, o G36 já não garante uma elevada precisão de tiro. Ele revelou que agora trata-se da maior encomenda na história recente da Alemanha – 120 mil fuzis com um custo total de 250 milhões de euros. É uma questão demasiadamente importante para a empresa Heckler & Koch, porque o dinheiro que ganha a empresa em um ano é cerca de 350 milhões de euros.

Armeiros russos desenvolvem um inovador fuzil de plástico - Sputnik Brasil
Armeiros russos desenvolvem um inovador fuzil de plástico
As condições do concurso público indicam que podem participar todas as empresas "exceto a produção ITAR". ITAR (International Traffic in Arms Regulations) é um conjunto de leis dos EUA que regula a venda de armas e equipamento militar. De acordo com os critérios ITAR, os EUA podem tomar a decisão para que países pode ser exportado o seu equipamento.

"Acho que não querem que os norte-americanos, ou alguma outra parte, apontem a eles o que fazer, usando critérios e acordos sob a divisa: 'Somos norte-americanos e podemos influenciar a produção e as exportações e decidir para que país podem ser fornecidas'", precisou o especialista militar Jurgen Grasslin à Sputnik Alemanha.

Ele acrescentou também que não espera protestos por parte dos EUA, porque é a pratica normal para a Alemanha evitar os critérios ITAR em tais encomendas. Mas a situação pode se alterar no futuro, porque o presidente norte-americano Donald Trump pretende facilitar ao máximo as exportações de armas e flexibilizar os critérios ITAR.

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала