De acordo com os procuradores, os recibos foram confeccionados após o início das investigações para “dar falso amparo à locação simulada do apartamento” vizinho àquele em que mora o ex-presidente.
"Sem margem à dúvida que os recibos juntados pela defesa de Luiz Inácio Lula da Silva são ideologicamente falsos, visto que é simulada a relação locatícia representada pelo engendrado contrato de locação", diz o documento apresentado pelos procuradores a Moro.
“Os supostos 26 recibos referentes à locação do apartamento 121 apresentados pela defesa de Luiz Inácio Lula da Silva têm origem desconhecida, não trazem nenhuma comprovação a respeito da data em que foram produzidos e encontram-se em manifesta contrariedade com todo o acervo probatório, e, destacadamente, com o quanto declarou em interrogatório judicial o próprio Glaucos da Costa Marques, apontado como autor daquelas declarações unilaterais de quitação”, diz a petição.
Lula é acusado de receber vantagens ilícitas através de fraudes em contratos da Petrobrás. De acordo com o Ministério Público Federal, o ex-presidente seria proprietário do imóvel vizinho ao dele em São Bernardo do Campo. O caso pode gerar uma segunda condenação para Lula.