"Os refugiados de Rukban são de facto reféns, na realidade são um 'escudo humano' para a base militar dos EUA. Pensem nisso, além dos norte-americanos tais barreiras são utilizadas na Síria apenas por aqueles que eles [EUA] vieram combater, os terroristas", disse o major-general Igor Konashenkov.
Segundo o Pentágono, a base é utilizada por instrutores dos EUA, Reino Unido e Noruega para treinar militantes do Exército Livre da Síria, disse o general russo, acrescentando que o posto avançado é protegido pela aviação tática e lança-foguetes HIMARS.
"Na realidade, Al-Tanf se tornou um 'buraco negro' de 100 quilômetros na fronteira sírio-jordaniana. E, em vez do Exército Livre da Síria, quando menos se espera de lá saem grupos móveis do Daesh que fazem incursões para lançar operações terroristas contra as tropas sírias e civis", disse.
O porta-voz do Ministério da Defesa russo também duvidou que a base norte-americana perto de Al-Tanf seja utilizada para ataques contra os islamistas.
"O estabelecimento ilegal da base militar dos EUA na fronteira sírio-jordaniana foi justificado pela 'necessidade de realizar operações contra o Daesh'. Mas sabemos que, durante os últimos seis meses, os EUA não lançaram nenhuma operação contra o Daesh [grupo terrorista proibido na Rússia]", sublinhou Konashenkov.
A coalizão liderada pelos EUA declarou em junho que não deixará a guarnição Al-Tanf até que o Daesh seja derrubado. No entanto, recentemente, Igor Konashenkov acusou a coalizão de apoiar os terroristas em vez de os combater. A base Al-Tanf foi usada duas vezes para atacar forças aliadas do governo sírio que lutam contra os islamistas.