O Conselho Executivo do COI decidiu "suspender provisoriamente o Comitê Olímpico do Brasil", disse o comunicado do órgão.
No entanto, o texto assegura que a suspensão temporária do COB não afeta atletas e "o COI aceitou a equipe do Comitê Olímpico do Brasil nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018 em Pyeongchang (Coreia do Sul) e outras competições sob a marca da COB com todos os direitos e obrigações".
Além disso, o COI concordou em "privar provisoriamente Carlos Nuzman de todos os direitos, prerrogativas e funções decorrentes do seu estatuto de membro honorário do COI", bem como "expulsar Carlos Nuzman do Comitê Coordenador do COI para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020".
A Polícia Federal prendeu Nuzman na quinta-feira, acusado de participar de um plano de compra de votos para o Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos no ano passado.
O Ministério Público Federal (MPF) ordenou que Nuzman fosse detido por causa de uma tentativa de dissimulação de bens no último mês (o diretor olímpico foi conduzido coercitivamente em 5 de setembro, mas foi interrogado e liberado).
De acordo com as investigações, o principal líder da Rio 2016 está no centro da trama corrupta que comprou votos no COI com dinheiro de uma empresa do governo do estado do Rio de Janeiro, sob o comando do governador Sérgio Cabral, preso por uma série de crimes.
O COI nomeou o Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 em outubro de 2009 em Copenhague, na Dinamarca.
Rio derrotou por 66 votos a 32 a Madrid, tornando-se a primeira cidade olímpica da América do Sul.