Segundo informa o G1, a Justiça ucraniana anulou o julgamento que no início de 2017 condenou a 13 anos de prisão Rafael Marques Lusvarghi que foi acusado de terrorismo. O brasileiro continua preso e será julgado até 15 de outubro pelo mesmo crime. Se isso não ocorrer dentro de nove dias, ele pode ser solto, informaram seus advogados.
Hoje faz um ano que esse paulista de 32 anos está detido em Kiev, acusado de terrorismo.
"Sou inocente de qualquer crime", escreve Rafael em uma das suas cartas a que o G1 teve acesso.
Nas mesmas cartas ele admite que entre setembro de 2014 e outubro de 2015 ele combatia ao lado das milícias das repúblicas autoproclamadas de Donetsk e Lugansk contra exército ucraniano. O que pela lei da Ucrânia é caracterizado como ato terrorista, levando à acusação e à detenção de Rafael.
© Foto / Arquivo pessoal de Raul Athaide Raul Athaide (à esquerda) junto com Rafael Marques Lusvarghi (à direita) nas fileiras das milícias independentistas no leste da Ucrânia
Raul Athaide (à esquerda) junto com Rafael Marques Lusvarghi (à direita) nas fileiras das milícias independentistas no leste da Ucrânia
© Foto / Arquivo pessoal de Raul Athaide
Com início do cessar-fogo, Rafael voltou para casa, mas não conseguiu emprego e aceitou a proposta de trabalho como segurança de navios ucranianos no Chipre. Na hora do desembarque, no aeroporto de Kiev, Rafael foi preso pelos serviços secretos da Ucrânia.