O texto não menciona os atuais acordos de Minsk e descarta a responsabilidade por quaisquer violações de direitos humanos no leste do país.
"Dificilmente Kiev poderia 'mandar para longe' Berlim, Moscou e Paris com suas iniciativas de paz de forma mais descarada", diz o colunista, acrescentando que "as autoridades ucranianas se estão preparando para uma guerra real e grande."
Ao contrário de outras manifestações belicistas da Ucrânia — como as frequentes ameaças de "realizar um desfile de vitória em Sevastopol" — desta vez "devemos levá-lo muito a sério, já que Kiev vai desencadear uma guerra sem necessariamente querer ganhá-la", continua o jornalista.
A guerra como salvação
Entre eles, de acordo com Lekukh, está a fundação Franklin Templeton Investments Foundation, bem como muitas outras instituições financeiras de renome mundial.
"O montante exigido já excede as reservas financeiras do país, e não há fontes para arcar com isso: simplesmente não há geradores de renda, como indústria ou trânsito [de gás natural ou mercadorias], capazes de demonstrar a capacidade para efetuar pagamentos ", diz o autor.
A venda de bens ou da terra não serve para muito: os credores estão interessados em dinheiro. E a Ucrânia entende isso perfeitamente, diz o colunista.
A 'saída' sangrenta
A única justificação para escapar a suas obrigações seriam "circunstâncias de força maior" ou, neste caso, uma guerra em larga escala, sublinha Lekukh.
Nem a Rússia, nem a União Europeia querem essa guerra, diz o jornalista. Mas, com medidas semelhantes à lei recentemente aprovada, "os cleptocratas ucranianos e seus empregadores no establishment político dos EUA" certamente tentarão superar esse "problema", sublinha o analista.