Durante os últimos tempos a Rússia está prestando apoio econômico à Coreia do Norte para conter quaisquer tentativas dos EUA de depor Kim Jong-un, opina a jornalista da Gear of Biz Victoria Ritter, citada pelo RT.
De acordo com ela, Moscou se preocupa com o fato de Donald Trump estar se comportando de jeito cada vez mais "imprevisível", e "poder provocar uma situação em que os EUA e a Coreia do Norte sejam mergulhados no caos". Ela aponta também que o Kremlin se preocupa com a possibilidade de perder as "alavancas de influência" na região e, em resultado, enfrentar o deslocamento de forças norte-americanas para perto da fronteira oriental russa.
De acordo com vários analistas, a Rússia está apoiando Pyongyang porque é contra a mudança de regime no país. "Os políticos russos acusaram repetidamente os EUA de incentivarem as revoluções 'de veludo' nos países da antiga URSS e quaisquer declarações dos EUA sobre a derrubada de qualquer líder são condenadas em Moscou", escreve Ritter. Em 2011 o presidente russo Vladimir Putin acusou a secretária de Estado Hillary Clinton de tentar provocar tensões na Rússia e exortou "a deixar Kim Jong-un tranquilo".
De acordo com o analista político russo Andrei Kortunov, o apoio de Kim Jong-un por parte da Rússia tem o mesmo caráter pragmático que o apoio a Bashar Assad. Se os EUA tentarem derrubar Kim Jong-un com uso da força, a Rússia pode enfrentar um fluxo de refugiados e uma crise humanitária perto da sua fronteira. Além disso, de acordo com ele, as armas e tecnologias de Pyongyang podem "cair nas mãos de pessoas ainda mais perigosas".