As autoridades planejam alocar ao projeto 2 bilhões de zloty ($R 6,3 bilhões). O corpo do "ciberexército" contará com um milhar de pessoas. O ministro justificou a criação desse tipo de exército inclusive com a ameaça por parte da Rússia.
"Os grupos de pessoas realizam campanhas de informação em massa, ou será melhor dizer, de desinformação", afirmou Macierewicz, acusando os hackers russos de tentar afetar o referendo sobre a independência da Catalunha.
"Nós percebemos o quanto a responsabilidades da Polônia é importante, levando em conta que o país desempenha um papel-chave no flanco oriental da OTAN", acrescentou ele.
"Ameaça russa" é um pretexto cômodo a fim de justificar os gastos. Isso, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, opinou o especialista em ciências políticas Pavel Svyatenkov.
"É apenas um pretexto. Agora muitos países grandes estão criando tropas de cibersegurança, são estruturas que devem repelir ameaças no ciberespaço. Trata-se não apenas de superpotências, como Rússia e EUA, mas também de estados relativamente pequenos como a Polônia. Só que as autoridades polonesas e seu Ministério da Defesa têm que justificar por que eles gastam dinheiro dos contribuintes com esses objetivos. E aí, a propagandeada ideia da 'ameaça russa' vem em sua ajuda, pois isso significa que tudo se faz a fim de se protegerem de hackers russos. É provável que dentro dessa linha o orçamento militar vá aumentar no futuro próximo", ressaltou Svyatenkov.