"Se os EUA realmente abandonarem o Plano de Ação Conjunto Global, a sua implementação será posta em causa. Isso poderia levar o Irã a renunciar ao comprimento dos seus compromissos, sobretudo se os EUA decidirem reestabelecer as sanções que foram levantadas anteriormente", disse ele.
Segundo Borisenko, o acordo nuclear com é "um pacto eficaz que funciona e corresponde aos interesses de todas as partes".
"Não entendemos que interesse têm os EUA em sair do acordo sobre o programa nuclear iraniano", disse ele.
Ele acrescentou que a possível saída dos EUA do acordo nuclear com o Irã agravará a situação no Oriente Médio e afetará a estabilidade global.
O Irã e o grupo P5 + 1 (China, França, Rússia, Reino Unido, Estados Unidos e Alemanha) assinaram o JCPOA para garantir a natureza pacífica do programa nuclear do Irã em 14 de julho de 2015. Conforme este acordo, o Irã prometeu abster-se de desenvolver ou adquirir armas nucleares em troca do levantamento das sanções impostas contra Teerã.
Em janeiro de 2016, depois de a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmar que o Irã cumpria as suas obrigações, os EUA levantaram algumas das sanções impostas ao Irã, mas mantiveram em vigor outras restrições.
O presidente iraniano Hassan Rouhani advertiu, em meados de agosto que, se os EUA continuarem a política de sanções contra o seu país, Teerã poderia abandonar o Plano "em uma questão de dias ou horas".