Segundo Molodin, a expedição, liderada pela correspondente da Academia de Ciências da Rússia Nataliya Polosmak, trabalha na Índia há três anos e o último ano trouxe resultados "incríveis". Neste ano, os cientistas trabalharam em uma região de difícil acesso dos Himalaias, na fronteira entre a Índia e o Paquistão.
"A grande altitude nas montanhas, foram descobertos dois complexos rituais […]. Encontramos cerca de 200 cavaleiros de pedra. O interessante é que às vezes no cavalo há dois, três ou quatro cavaleiros e não um. Isto é, representam alguns mistérios ou mitos que ainda estão por ser decifrados", disse Vyacheslav Molodin.
Ele sublinhou que, apesar de serem feitos no mesmo estilo, todas as esculturas são diferentes. No mesmo lugar se encontram fontes de água e construções de pedra, ligadas a estas figuras.
"Parecia que na Índia tudo já era conhecido, mas estas coisas foram encontradas pela primeira vez. Não há publicações sobre isso nem a comunidade científica sabia algo sobre o achado. Ainda há lugares completamente extraordinários que nunca foram estudados", ressaltou o cientista.
Segundo a estimativa da chefe da expedição, as esculturas datam da época da Alta Idade Média, isto é do início da Era Comum, levando em consideração os adornos dos cavalos e outros detalhes.
No entanto, o que se desconhece é a origem do povo que criou as figuras, pois antes nada deste tipo foi encontrado na iconografia da Índia.
"É uma população que de repente apareceu nos Himalaias, estabeleceu-se em áreas de difícil acesso, deixando estes vestígios", sublinhou o especialista.