"Realizando o conceito de uso conjunto de armas ofensivas e defensivas, o Pentágono iniciou a criação de sistemas de ataque global imediato prospectivos", disse ele.
Emelyanov frisou que "na sua versão convencional estes sistemas visam atingir os mesmos objetivos que hoje são atribuídos às forças nucleares estratégicas".
"A interligação dos planos de instalação de sistemas antimísseis com a criação de sistemas de ataque global imediato é evidente", afirmou Emelyanov.
Ele adicionou também, que a "criação de sistemas de ataque global imediato é mais um fator que comprova as intenções de Washington de destruir o atual equilíbrio de poderes e assegurar a sua dominação estratégica global".
"O aumento da quantidade de sistemas de defesa antimíssil, que os EUA instalam em torno da Rússia e da China, é a intenção de obter a possibilidade de atacar via um ataque global. Além do mais, é preciso levar em conta que as capacidades de reconhecimento dos sistemas antimísseis permitem não apenas determinar a decolagem de um míssil, mas também destruir as ogivas. Nós temos cerca de mil ogivas nos mísseis intercontinentais e, caso os EUA instalem mil de seus sistemas de defesa antimíssil, isto não apenas vai neutralizar nosso potencial nuclear quanto aos mísseis intercontinentais, mas também criará um grande desajuste em todo o sistema de segurança", disse Andrei Koshkin em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik.
Ele frisou que Moscou apelou repetidamente a que os EUA revisassem sua estratégia, contudo, os EUA e a OTAN continuam ampliando a instalação de sistemas antimíssil, e não apenas no território da Europa.
De acordo com ele, as ações dos EUA põem em risco toda a segurança mundial.
"Pode parecer à primeira vista que via sistemas antimíssil os EUA poderão instalar a ordem. Contudo, isto vai provocar uma transformação geopolítica e ameaça a segurança global. E no fim das contas, os próprios EUA vão sentir o efeito disso. Assim, tentando cercar a Rússia e a China com sistemas antimísseis, os EUA ameaçam a segurança de todo o mundo. Tudo isso vai levar ao caos", concluiu Andrei Koshkin.