Especialista: Coreia do Norte mostrará sua força em resposta às manobras norte-americanas

© REUTERS / Bobby YipPorta-aviões Ronald Reagan dos EUA
Porta-aviões Ronald Reagan dos EUA - Sputnik Brasil
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Washington e Seul iniciaram os exercícios militares perto da península da Coreia. As manobras em questão, segundo indica o especialista Boris Rozhin, inevitavelmente provocam escalada de tensões na península.

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Os EUA e a Coreia do Sul iniciaram as manobras militares conjuntas nos mares do Japão (também conhecido como mar do Leste) e Amarelo, onde participam cerca de 40 navios, incluindo o grupo de combate liderado pelo porta-aviões USS Ronald Reagan.

Segundo informa a YTN, os submarinos dos EUA, USS Tucson e USS Michigan, estão também atualmente instalados nos portos da Coreia do Sul.

Os exercícios navais têm como objetivo realizar uma preparação para um possível ataque contra os principais locais militares de Pyongyang em caso de situação de emergência na península coreana.

Porta-aviões da classe Nimitz USS Ronald Reagan durante exercícios navais no Pacífico (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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De acordo com dados da Yonhap, o grupo de combate norte-americano e os navios militares e aviação sul-coreanos — inclusive navios equipados com sistemas de reconhecimento prévio Aegis e avião antissubmarino P-3 Orion, irão realizar manobras táticas no mar do Japão.

Ao mesmo tempo, os caças F-15K, FA-18, A-10 e helicópteros Apache AH-64E, Lynx e AW-159 Wild Cat estão inclusos nas manobras.

A conclusão das manobras está marcada para sexta-feira (20).

No entanto, treinamentos regulares e conjuntos dos EUA e Coreia do Sul resultam na escalada de tensões na península da Coreia. Tal opinião foi expressa em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik pelo especialista do Centro de jornalismo político-militar, Boris Rozhin.

"Isso foi retiradamente declarado pela chancelaria da Rússia e pela China. Mas os EUA não planejam parar sua prática — exercícios militares que visam demonstrar força para Pyongyang", sublinhou o especialista.

"Por outro lado, trata-se de um sinal preciso para os chineses, que também estão preocupados com a atividade militar norte-americana ao redor da península da Coreia. Posicionamento na região de porta-aviões nuclear e caças norte-americanos é uma ameaça direita", destacou.

"Por essa razão", acredita o especialista, "é muito provável que venhamos a ouvir declarações negativas de Pequim e que a Coreia do Norte venha a realizar mais lançamentos de mísseis balísticos. Não vale a pena excluir a possibilidade de mais um teste nuclear alvejado para demonstrar sua força".

Assim, os "EUA estão brandindo armas perto da costa da península coreana e, em resposta, a Coreia do Norte lança mísseis e testa armas nucleares. E agora os EUA, infelizmente, não estão dispostos a parar com suas declarações e práticas provocativas".

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