Especialista sobre contra-ataque de Pyongyang: será doloroso, mas virá após o dos EUA

© REUTERS / KCNAParada militar em Pyongyang (foto de arquivo)
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De acordo com Dmitry Mosyakov, diretor do Instituto de Estudos Orientais da Academia de Ciências da Rússia, a Coreia do Norte sem dúvidas é capaz de responder a uma provável intervenção em seu território por parte dos EUA. Contudo, Pyongyang não vai ser o primeiro a iniciar a guerra.

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Estados Unidos estão se preparando para 'o pior' em relação à Coreia do Norte
Mais cedo, o representante permanente adjunto da Coreia do Norte (RPDC) para as Nações Unidas, Kim Em Ryong, avisou que "a situação na península coreana atingiu ponto crítico; uma guerra nuclear pode começar a qualquer momento".

Kim Em Ryong acrescentou que caso os EUA se atrevam a invadir o território da Coreia do Norte, não poderão escapar de punição severa.

Quando perguntado se a Coreia do Norte é capaz ou não de provar suas palavras com ações em caso da invasão dos EUA, Mosyakov respondeu: "É claro."

"Acredito que dificilmente Coreia do Norte venha a ser o primeiro país a atacar. É óbvio. Mas uma coisa é evidente: a Coreia do Norte tem todas as capacidades para 'responder' de maneira muito forte e muito dolorosa. Só que se trata do território sul-coreano, não o dos EUA. É um problema grande já que nenhum ataque dos norte-americanos pode impedir Coreia do Norte de destruir de fato todos ou os mais importantes centros da Coreia do Sul", acrescentou o especialista.

Para Mosyakov, ninguém duvida que a Coreia do Norte seja capaz de responder a um ataque, já que nos últimos anos eles estão focados no desenvolvimento de seu potencial de defesa para criação de Forças Armadas efetivas.

"A questão é outra. É evidente que a Coreia do Norte não realizará o ataque primeiro. A questão é qual seria o contra-ataque por parte da Coreia do Norte e quais perdas seriam inaceitáveis para seus inimigos. Esta é a maior incerteza […], pois já faz 40 anos que eles [norte-coreanos] estão se preparando."

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A Coreia do Norte, apesar da pressão internacional, continua desenvolvendo seu programa nuclear e de mísseis. Em 3 de setembro, a Coreia do Norte declarou ter realizado um teste bem-sucedido de uma bomba de hidrogênio, destinada a equipar seus mísseis balísticos intercontinentais, cuja potência, de acordo com as estimativas, superou 10 vezes a das bombas atômicas lançadas em Hiroshima e Nagasaki em 1945. Uma semana mais cedo, a Coreia do Norte realizou os testes de um míssil balístico que sobrevoou o território do Japão.

O presidente norte-americano, Donald Trump expressou repetitivamente a probabilidade de aplicar a força visando resolver a crise coreana. Os EUA agiram também como iniciadores de sanções internacionais que o Conselho de Segurança da ONU impôs contra Pyongyang.

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