Shapiro disse que o atual president dos EUA, Donald Trump, não seria mais gentil com a Grã-Bretanha, dizendo que o novo presidente está "brincando" com a primeira-ministra Theresa May para obter um melhor acordo comercial. Ele disse também que Trump está "disposto a explorar" o Reino Unido.
Falando para uma multidão no Cheltenham Literature Festival, Shapiro disse que a relação especial é muito mais importante para a Grã-Bretanha do que para os EUA. Ele afirmou que é "não correspondida" e cruelmente ridicularizada quando as câmeras foram desligadas.
"Da minha perspectiva, foi muito importante para nós mencionarmos o relacionamento especial em cada conferência de imprensa que tivemos quando o Reino Unido estava aqui. Mas realmente nós rimos sobre isso nos bastidores. Normalmente, eu tentaria escapar com uma referência às Malvinas ou algo para estragar isso", revelou.
Malvinas é a palavra usada pelos políticos argentinos para se referir às ilhas Falklands, particularmente quando tentam reivindicar que tais pedaços de terra na América do Sul pertencem à Argentina – uma guerra chegou a acontecer em 1982, com vitória britânica.
Shapiro – um especialista em política externa que aconselhou Obama e o ex-secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry –, disse que a relação entre a Grã-Bretanha e os EUA é "o tipo de relação que teríamos com outros países".
As alegações do ex-assessor do democrata afirmam que o relacionamento especial britânico com os EUA diminuiu durante os anos de Obama.
De maneira controversa, o ex-presidente retirou o busto de Winston Churchill do Salão Oval, o que foi desfeito pelo governo Trump, que recolocou o monumento no local.
Quando Theresa May visitou Trump em janeiro deste ano, ela citou o habitual discurso da relação especial da Grã-Bretanha com os EUA em várias ocasiões. A premiê disse que a Grã-Bretanha e os EUA deveriam "liderar novamente" no mundo.