No artigo, os investigadores da Universidade de Yale (estado do Connecticut, EUA) analisaram a história dos últimos três séculos do Antigo Egito, entre os anos 305 e 30 a.C.
"Estabelecemos associações estatisticamente significativas entre as erupções e o início das revoltas no Egito ptolemaico, até hoje pouco entendidas, bem como as datas de cessão da guerra de Ptolomeu com o grande Império Selêucida do Oriente Próximo", explicam os autores do estudo.
"Os antigos egípcios dependiam quase exclusivamente das cheias do Nilo, provocadas durante o verão por monções no leste da África, para êxito de seus cultivos", explica o investigador Joseph Manning.
"Quando vulcões entraram em erupção, as cheias do Nilo diminuíram, provocando insatisfação popular e, consequentemente, distúrbios e consequências políticas e econômicas", sublinhou.
O colapso do Antigo Egito aconteceu em 30 a.C. Depois da morte da última rainha da dinastia ptolemaica, Cleópatra, e da derrota na Batalha de Áccio, o reino se tornou província do Império Romano.