Carlos Alberto Teixeira, especialista em tecnologia da consultoria Catalisando Conteúdo, acredita que a chamada exclusão digital é apenas mais um dos sintomas da desigualdade brasileira.
"Muitas pessoas não têm o que comer, não têm como dar educação para os filhos […] nesse momento ela está mais preocupada com o que comer, em tirar o filho do trabalho infantil para ter um futuro melhor. Por sermos um país com grande potencial, mas um potencial não desenvolvido, a gente tem um desafio muito grande em levar conectividade para os menos favorecidos, embora saibamos que essa conectividade possa mudar a vida das pessoas", diz Teixeira.
O especialista avalia que o desafio maior é levar conexão para os usuários afastados dos grandes centros e de menor poder aquisitivo. Ainda segundo o Comitê Gestor da Internet, por meio da pesquisa TIC Domicílios 2016, 98% dos lares da classe social A estão conectados; enquanto nas classes D e E este número é de apenas 23%.
A Sputnik Brasil escreveu sobre o plano do Governo brasileiro de privatizar uma participação do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), que pode levar conexão para os locais mais afastados do Brasil.