Washington tem que estar preparada para o fato de a Coreia do Norte poder em breve obter capacidades tecnológicas para atacar territórios dos EUA, afirma Pompeo, que acredita que a possibilidade de tal roteiro vai aumentando devido à falta da pressão internacional sobre Pyongyang.
"Isto é apenas uma guerra de palavras. Não acho que alguma coisa aconteça até à visita de Trump a Pequim, marcada para 8 de novembro. Aliás, a declaração de Pompeo é uma espécie de preparativo para essa visita, um elemento de pressão sobre Pequim", explicou o analista para o serviço russo da Rádio Sputnik.
Ele acrescentou que toda retórica dos EUA em torno da tensão na península coreana é dirigida contra a China. No entanto, ele não descarta um roteiro pessimista em que os EUA possam usar a força contra a Coreia do Norte.
"É muito provável que, em caso de aumento da tensão e de ausência de algum progresso na resolução da crise coreana, os EUA possam usar força. Não se pode excluir nada", considera Vladimir Terekhov.
A Rússia e a China apresentaram uma proposta para a resolução da crise: os EUA e a Coreia do Sul se abstêm de manobras militares e, em troca, Pyongyang para de testar bombas e mísseis. A iniciativa foi ignorada por Washington.