De acordo com o representante oficial do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, o Departamento de Estado dos EUA reconheceu que um grupo ligado aos terroristas da Frente al-Nusra (organização proibida na Rússia) usa armas químicas na província síria de Idlib. Konashenkov sublinhou que se trata precisamente da zona sobre a qual o ministério russo já advertira várias vezes.
No que diz respeito às acusações à Rússia sobre supostos bombardeiros contra civis em Idlib, Konashenkov sublinhou que a aviação russa nunca efetua ataques contra zonas urbanas, ao contrário dos EUA.
Vyacheslav Matuzov, especialista russo em assuntos do Oriente Médio, comentou ao serviço russo da Rádio Sputnik a declaração do Departamento de Estado dos EUA. Para ele, este reconhecimento por parte dos EUA é apenas uma constatação atrasada.
"A existência de substâncias tóxicas nas mãos dos terroristas hoje é uma ameaça mais séria do que os atentados localizados: explosões, incêndios etc. Neste caso, o Departamento de Estado apenas registrou o que realmente acontece", considera Matuzov.
"Em geral, se levarmos em consideração a atividade da OPAQ na Síria, ficamos com a impressão de que se trata da organização americana e não internacional", frisou.
Matuzov destacou que durante a investigação do caso de Khan Shaykhun, os funcionários da OPAQ nem visitaram o local da tragédia e usaram dados apresentados pelos grupos terroristas. Agora, a verdade começa a aparecer, resumiu o analista russo.