Estes testes preocupam o Ocidente. A agência norte-americana de reconhecimento geoespacial afirma que, de acordo com fontes russas, "várias zonas serão fechadas para a navegação no mar de Barents e de Kara, assim como o espaço marítimo da baía de Chosha, perto da costa leste da península de Kanin, até o dia 30 de outubro devido a lançamentos de mísseis", comunicou na sexta (20) o jornal Nezavisimaya Gazeta.
O comandante do polígono nacional do Exército, Oleg Kislov, havia anunciado recentemente que a Rússia iria testar os elementos da sua defesa aeroespacial, bem como os mísseis das Tropas de Mísseis Estratégicos (RVSN em russo) e da Marinha. Além disso, vão ser testados armamentos baseados em novos princípios físicos.
Os ensaios vão ser realizados nos polígonos terrestres e marítimos, incluindo o lançamento de mísseis a partir de submarinos e navios de superfície.
É muito provável que seja testado o míssil Bulava. De acordo com analistas, se trata de um míssil absolutamente novo a combustível sólido, que pode carregar várias ogivas nucleares, destinado a ser instalado em submarinos nucleares do tipo Borei.
A edição sublinha que os testes dos sistemas de defesa aeroespacial e dos sistemas de mísseis russos, muitos dos quais fazem parte das forças estratégicas nucleares, são hoje uma medida necessária para a Rússia. Segundo comunicou o representante do Ministério da Defesa russo Aleksandr Yemelyanov, o Pentágono começou a criar o seu sistema de Ataque Global Instantâneo, o que demonstra a intenção de Washington de "alterar o atual equilíbrio de forças e alcançar o domínio estratégico no mundo. A Rússia tem que reagir".