Os militares afirmam que os Indra 2017 implicam um aprofundamento das relações entre as Forças Armadas da Rússia e da Índia, que têm uma longa história de cooperação.
"É claro que é cedo para falar de uma aliança militar, mas as manobras deste nível permitem aos dois países combater várias ameaças no futuro, que vão desde a pirataria ao terrorismo internacional", destacou o especialista militar Andrei Kots.
Da parte da Rússia, participam das manobras companhias de infantaria motorizada, unidades de tanques, morteiros, artilharia autopropulsada, defesa antiaérea e unidades de reconhecimento.
Os militares deverão realizar missões de exploração e busca, bloqueio de territórios, desembarques de forças táticas de assalto e eliminação de "forças inimigas".
Para tal, serão utilizados caças Su-30SM, helicópteros Mi-8AMTSH Terminator, sistemas de mísseis S-300 e S-400 e sistemas de defesa aérea de curto alcance Pantsir-S. Os militares da Marinha, por sua parte, efetuarão a escolta de navios, simularão corredores humanitários, inspecionarão embarcações suspeitas, realizarão uma operação de reconhecimento de submarinos "inimigos" e participarão de um "combate".
De acordo com os especialistas, Rússia e Índia têm boas perspectivas no que diz respeito à cooperação militar.
"Não há diferenças insuperáveis entre os nossos países e não as teremos no futuro. Definiria a Rússia e a Índia como aliados ideais em vários campos, por exemplo, na luta contra o terrorismo islâmico", assegurou Alexandr Khramikhin, vice-presidente do Instituto de Análise política e Militar da Rússia.