Moscou: Ocidente quer abafar vestígios de bombardeios 'bárbaros' em Raqqa

© REUTERS / Erik De Castro Fumaça sobre Raqqa depois de ataque aéreo contra terroristas
Fumaça sobre Raqqa depois de ataque aéreo contra terroristas - Sputnik Brasil
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O Ministério da Defesa da Rússia comparou os bombardeios da coalizão internacional liderada pelos EUA na cidade de Raqqa com os que ocorreram em Dresden em 1945, provocando a morte de inúmeros civis.

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O Ministério da Defesa russo trata com suspeita a intenção urgente dos membros da coalizão liderada pelos EUA de alocar ajuda financeira a Raqqa em meio a repetidas recusas de entregar ajuda humanitária aos sírios afetados pela guerra civil, disse neste domingo (22) o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, major-general Igor Konashenkov.

Na sexta-feira (20), a aliança apoiada pelos EUA das Forças Democráticas Sírias (SDF) com as milícias curdas e árabes, anunciou a libertação total de Raqqa do grupo terrorista Daesh, proibido na Rússia e em vários outros países.

"Enquanto Raqqa ainda não conseguiu esfriar após os bombardeios da coalizão internacional, já os altos funcionários de Washington, Paris e Berlim começaram a fazer declarações sobre a alocação urgente de dezenas de milhões de dólares e euros para Raqqa. Esses milhões deveriam alegadamente ajudar a restaurar a vida pacífica na cidade. Deveríamos saudar tal generosidade, mas temos dúvidas", disse Konashenkov.

De acordo com o alto responsável militar, nos últimos dois anos a Rússia tem pedido aos Estados Unidos e às nações europeias para enviarem ajuda humanitária aos sírios afetados pela guerra e também preparou uma lista de assentamentos onde essa assistência é mais necessária, sem dividir os sírios em "ruins" e "bons". No entanto, a resposta foi sempre negativa, acrescentou Konashenkov.

"[A única explicação disso] é a intenção de abafar rapidamente as evidências dos bombardeios bárbaros dos aviões dos Estados Unidos e da coalizão que enterraram milhares de civis libertados do Daesh sob as ruínas de Raqqa", acrescentou Konashenkov.

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