No início do dia, Tillerson realizou reuniões com o rei saudita Salman bin Abdulaziz Al Saud, o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman e o ministro das Relações Exteriores, Adel Jubeir, em Riad.
Depois, Tillerson visitou o Qatar e manteve conversações com o xeque Tamim bin Hamad Al Thani em Doha, para discutir o conflito entre esses Estados do Oriente Médio, entre outros assuntos.
"Nas minhas reuniões com o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, pedi-lhe que se envolva em um diálogo, mas não há uma forte indicação de que as partes estão prontas para conversar ainda. Não podemos forçar conversações sobre pessoas que não estão prontas para conversar", afirmou Tillerson, referindo-se a suas discussões anteriores em Riad, citadas pelo jornal The Peninsula.
Em junho, a Arábia Saudita, o Egito, o Bahrein e os Emirados Árabes Unidos interromperam as relações diplomáticas com o Qatar, acusando Doha de apoiar o terrorismo e de interferir em seus assuntos internos. Vários outros países seguiram o exemplo, cortando as relações diplomáticas, reduzindo o nível de missões diplomáticas ou chamando de volta os seus embaixadores.
Os quatro Estados árabes entregaram um ultimato ao Qatar por intermédio do Kuwait, que atua como mediador na crise, contendo 13 demandas. No entanto, o Qatar se recusou a cumprir o ultimato.
Tillerson tenta reconciliar a Arábia Saudita e seus aliados com o Qatar. Ao mesmo tempo, na véspera da visita, ele expressou ceticismo sobre as perspectivas de resolução do conflito do Golfo Pérsico, culpando alguns países por falta de desejo de cooperar para a solução da disputa.
Além disso, a posição pública de Tillerson, segundo a qual o Qatar coopera na luta contra o terrorismo, contradiz as palavras do presidente dos EUA, Donald Trump, que repetidamente acusou abertamente Doha de patrocinar terroristas.