Cadê os testes? Silêncio da Coreia do Norte seria culpa da... Coreia do Norte (VÍDEO)

© AP Photo / KCNALíder norte-coreano Kim Jong-un supervisiona o que seria uma versão miniaturizada de uma bomba de hidrogênio, ainda mais potente do que uma bomba atômica
Líder norte-coreano Kim Jong-un supervisiona o que seria uma versão miniaturizada de uma bomba de hidrogênio, ainda mais potente do que uma bomba atômica - Sputnik Brasil
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Serviços de inteligência dos Estados Unidos e da Coreia do Sul apontavam que, como é tradição, a Coreia do Norte realizaria pelo menos um ou até dois testes bélicos em outubro, o que acabou não ocorrendo nas datas estimadas. Mas isso pode não ser fruto do acaso.

Segundo informações publicadas pela agência de notícias sul-coreana Yonhap, uma fonte do Ministério da Defesa da Coreia do Sul informou que o último teste nuclear conduzido por Pyongyang – o sexto da história do país –, realizado em 3 de setembro, causou danos topográficos na área de de Punggye-ri, onde a nação realiza tais atividades.

Imagens de satélite divulgadas pelo site 38 North, especializado em assuntos norte-coreanos, mostraram o desabamento de áreas ao redor de Punggye-ri, provavelmente pela força da detonação no mais recente teste da Coreia do Norte – Pyongyang declarou que tratou-se de um teste com uma bomba de hidrogênio.

Segundo a fonte sul-coreana, o deslizamento de terra e o possível desabamento de túneis na área norte-coreana poderiam estar atrasando um novo teste nuclear do país, o qual deverá ser mais forte que os anteriores, se a ideia do líder Kim Jong-um é mandar um novo recado ao mundo quanto ao poderio militar do país asiático.

"Se [a Coreia do Norte] tenta enviar uma mensagem significativa ao mundo com outro teste nuclear, exigiria uma bomba mais poderosa", destacou a fonte à Yonhap. "A Coreia do Norte considerará se vai continuar testando armas nucleares lá, incluindo uma revisão da topografia", continuou.

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Esperava-se que Pyongyang pudesse conduzir novos testes – balísticos e/ou nucleares – entre os dias 10 de outubro (data do aniversário do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, que comanda o país há décadas), e 18 do mesmo mês (data do Congresso do Partido Comunista da China). Todavia, nenhuma provocação aconteceu.

O silêncio norte-coreano pode acabar no início de novembro, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fará uma visita à Ásia, passando por países aliados como a Coreia do Sul, o Japão e Filipinas, além de também desembarcar em Pequim, na China. Em solo sul-coreano, é possível que ele visite a zona desmilitarizada entre as duas Coreias.

Se a presença de Trump na região não for um bom momento para Kim Jong-um conduzir novos testes, outra data especulada por especialistas é o dia 1º de janeiro de 2018, quando o líder norte-coreano poderia aproveitar o Ano Novo para anunciar a conclusão do programa nuclear do país asiático.

O reconhecimento como um Estado nuclear é um dos objetivos que a Coreia do Norte persegue como forma de dar sustentação ao governo, e recolocar Pyongyang na mesa de negociações, conforme destacou uma diplomata norte-coreana na semana passada em Moscou. A comunidade internacional, porém, deu mostras que não acatará a sugestão.

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