No Brasil, as expectativas são bastante otimistas. Segundo Alexandre Novarro, investidor há algum tempo da cibermoeda, a bitcoin tem tudo para crescer. "Só este ano o crescimento foi de mais de 700% especificamente do valor. Ele chegou a bater recentemente US$ 6.100, e agora está em torno de US$ 5.500", disse ele à Sputnik Brasil.
O aumento do interesse pela bitcoin foi um dos temas debatidos durante o Blockchain View, evento realizado recentemente em São Paulo, que discutiu também a necessidade da criação de alternativas para solucionar a velocidade do processamento das negociações. Hoje, a base tecnológica do sistema permite 3,6 negociações por segundo, embora, em alguns momentos de pico, haja demanda por até 200 transações por segundo. Outro item debatido foi a expansão dos hard forks.
Novarro explica que os hard forks são espécies de desvios nos quais se criam novas moedas digitais. Segundo ele, em tese, uma pessoa com conhecimento pode criar uma dessas pistas de negociação paralela, embora a simples criação não seja garantia de sucesso da plataforma.
"É necessário que as pessoas estejam interessadas nesse clone da bitcoin. Quando existe a proposta de uma com melhorias, acaba chamando a atenção e as pessoas se interessando. Tem ocorrido muitas variações de bitcoin, mas elas tendem a cair no esquecimento porque acabam não trazendo nenhuma novidade. Aí se cria o conceito de que se pode imprimir dinheiro dentro da bitcoin, o que não é verdade, porque isso causa apreensão nas pessoas e o preço da moeda pode cair no curto prazo", explica o investidor.
Novarro lembra que a criação dessas plataformas paralelas é possível, porque Nakamoto deixou em aberto o código da bitcoin, o que permite que qualquer pessoa possa criar um código e sua própria moeda.
"Recentemente foi aprovada uma atualização no código da bitcoin pela comunidade, foi o caso da Segwit, tecnologia que vai permitir descentralizar a moeda no sentido de tirar o peso da rede principal e criar redes adjacentes menores", diz Novarro.