"Continuaremos sendo aquilo que éramos antes: um país do islã moderado", afirmou o príncipe. "Não vamos gastar 30 outros anos de vida com ideias destrutivas. Vamos eliminá-las", adiantou, citado pela emissora Al Arabiya.
De acordo com a mídia, esta declaração do príncipe acaba por ser "um ataque mais direto de um funcionário de alto cargo" contra o estabelecimento religioso conservador do país árabe.
De acordo com o documento, aprovado em 1992, o islã é declarado a religião do país, e o Alcorão e a Suna (a compilação de instruções do profeta Maomé) são a Constituição "formal".
A Lei básica apela a todos os cidadãos sauditas para que defendam a fé muçulmana e também recomenda a aplicação das leis da xaria pelos tribunais, entre outros aspectos.
Em meio a conflitos no Oriente Médio, Riad foi várias vezes acusada de apoiar, ou, pelo menos, manter uma postura neutra em relação a grupos extremistas sunitas.
Ademais, o país tem relações muito tensas com nações muçulmanas de maioria xiita, como o Irã, e também com grupos de dominação xiita, tais como houthis no Iêmen, país onde a Arábia Saudita realiza hoje em dia uma operação militar que afeta gravemente a situação humanitária.
Mohammad foi nomeado príncipe herdeiro em 21 de junho de 2017. O político visitou a Rússia três semanas antes de sua nomeação, onde se reuniu com o presidente russo. Em outubro, o próprio rei saudita, Salman bin Abdulaziz al Saud, fez uma visita histórica a Moscou para tratar diferentes temas políticos e os de cooperação bilateral.