Nessa conexão, o colunista Julian Barnes escreveu em um artigo para o The Wall Street Journal que, durante sua passagem, o Krasnodar foi perseguido pelo porta-aviões estadunidense USS George H.W. Bush, bem como monitorado por helicópteros MH-60 Seahawk e aviões de reconhecimento P-8A Poseidon. No entanto, o navio russo conseguiu evitar os dispositivos de rastreamento.
"A Rússia orgulha-se de seus novos submarinos serem os mais silenciosos do mundo", afirma Barnes, que descreve a missão como "bem-sucedida".
O Krasnodar foi desenvolvido para operar nas proximidades da costa. Seu sistema de propulsão está montado sobre amortecedores que suprimem o ruído. Graças às baterias recarregáveis que utiliza, é capaz de mover-se quase em silêncio.
"Estratégia de vendas"
De acordo com o autor do artigo, a OTAN está preocupada não só com a capacidade furtiva do submarino.
Responsáveis dos EUA e analistas militares supõem que os exercícios realizados pelo submarino russo entre o mar Báltico e o mar Negro "eram parte de uma estratégia de vendas", destinada a possíveis compradores, inclusivamente ao Egito, "a quem podiam mostrar os mísseis de cruzeiro", sublinha o artigo.
Finalmente, o jornal indica que os países da Aliança Atlântica não estão suficientemente preparados para enfrentar a frota submarina russa e que o "ressurgimento inesperado do desenvolvimento de submarinos russos voltou a acender a rivalidade da Guerra Fria". Isso torna necessário que a Marinha dos EUA desenvolva tecnologia de guerra antissubmarino, sugere Barnes.