O relatório da Subcomissão de Direitos Humanos na Coreia do Norte (HRNK) que se baseia nas imagens de satélite revela uma rede extensa de campos de concentração para os prisioneiros políticos e outros indivíduos identificados como inimigos de Estado.
Estas instalações onde "trabalho forçado, desnutrição, cuidados médico-farmacêuticos insuficientes e condições de higiene precárias provocam mortes de milhares de prisioneiros anualmente" se localiza em todo o país, de acordo com o relatório de David Hawk, especialista em Coreia do Norte, informa o The National Interest.
"Desnutrição e inanição devido às rações alimentares abaixo do nível de subsistência, trabalho árduo forçado, condições brutais e desumanas, grande quantidade de mortos e inúmeros crimes contra a humanidade" são as características definidoras de todos estes campos de concentração, segundo revelou o relatório da HRNK.
Muitos prisioneiros políticos e indivíduos acusados de cometer crimes contra o Estado são condenados a viver nas prisões, frequentemente junto com as três gerações das suas famílias.
"Os que morrem têm sorte", declarou a ex-guarda de um campo de concentração norte-coreano Lim Hye-jin, a primeira a falar abertamente. Ela falou de estupros, torturas, abusos e execuções públicas.
Num caso especifico um guarda puniu uma mulher porque ela o irritava. Ela contou também sobre os dois irmãos que conseguiram fugir da prisão após 7 membros de sua família serem assassinados pelos guardas da prisão e que outros prisioneiros eram severamente espancados. Logo após, eles foram recapturados e decapitados.
De acordo com as estimativas de outro ex-guarda da prisão de Hoeryong "de 1,5 a 2 mil pessoas, na sua maioria crianças, morriam anualmente de desnutrição".