O especialista em segurança nuclear chinês, Tong Zhao, comentou que, por um lado, o presidente dos EUA "ainda cumpre a resolução de não violência da crise nuclear norte-coreana", mas, por outro lado, ele "pondera solução militar para Coreia do Norte recuar".
"Trump está levando a situação para um lugar cada vez mais perigoso. Em geral, militares norte-americanos têm aumentado a sua prontidão em caso de o seu comandante-chefe decidir apertar o botão contra a Coreia do Norte", notou Zhao.
Ao mesmo tempo, o analista chinês adicionou que o presidente dos EUA "ainda acredita poder desnuclearizar rapidamente a Coreia do Norte através de uma pressão coerciva".
"Quão mais rápido ele começar a ouvir outros líderes mundiais e os seus próprios conselheiros, mais rapidamente a crise atual pode ser contida", acrescentou.
‘US course on North Korea could end in World War III’ – Russian lawmaker https://t.co/sgAPRkgVEt pic.twitter.com/V8AfilgxoL
— Russian Insider (@RussianInsiders) 26 de outubro de 2017
De acordo com Tong Zhao, a Rússia, a China e a Coreia do Sul estão preocupadas por "Washington estar comprometida a resolver tensões coreanas, mas não necessariamente pacificamente".
Em entrevista ao canal Fox News na quinta-feira (26), Donald Trump declarou que as boas relações entre os EUA e a Rússia poderiam reduzir as tensões ao redor da questão nuclear norte-coreana.
"A China está nos ajudando e, talvez, a Rússia pode vir a tomar outro caminho, dificultando, assim, o que estamos conseguindo", frisou.
US not seeking war with North Korea, Mattis says during DMZ visit https://t.co/AId4R9eqwe pic.twitter.com/pUP9sLkEjh
— i24NEWS English (@i24NEWS_EN) 27 de outubro de 2017
Moscou acredita que não há outra solução a não ser a diplomática. Juntamente com a China, a Rússia propôs o assim chamado plano "de congelamento duplo", que prevê tanto a interrupção dos testes e programas nuclear e de mísseis norte-coreanos, como das manobras entre EUA e Coreia do Sul.
Por sua vez, Washington recusou a iniciativa sino-russa; nenhuma resposta oficial foi dada por Pyongyang quanto à execução do plano de pacificação.
A Coreia do Norte efetuou uma série de testes de mísseis durante os últimos meses. Em setembro, autoridades norte-coreanas testaram uma bomba de hidrogênio, violando, assim, mais uma vez as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.