A esposa do primeiro-ministro, Sara Netanyahu, é objeto de uma ação civil iniciada por uma ex-empregada de 24 anos, que trabalhou na residência oficial de Beit Aghion entre agosto e setembro, informou o jornal Yedioth Ahronoth. Durante o mês de emprego, a mulher alega que ela foi submetida a abusos e tratamento humilhante.
Em documentos vistos pelo jornal, Sara Netanyahu é acusada de impor um código de limpeza exigente, o que significava que a funcionária estava proibida de comer na residência e tinha que lavar as mãos "cerca de 100 vezes por dia".
A mulher do premiê israelense também é acusada de pedir à empregada que prometesse "que, durante o seu trabalho, ela se absteria de sair de férias" e disse ainda para ela: "Eu adoro trabalhadores que correm. É por isso que eu não emprego mulheres gordas".
No caso, a ex-funcionária de Netanyahu afirmou que as diretrizes para a limpeza na residência eram "extremas", relatou o jornal Haaretz, e que ela ficou sentindo-se como uma "escrava".
No ano passado, o Tribunal do Trabalho Distrital de Jerusalém decidiu que dois antigos funcionários da residência do primeiro ministro receberiam indenização. Ambos os homens citaram o tratamento abusivo de Sara Netanyahu em suas reivindicações.
O ex-guarda Meni Naftali recebeu 170 mil shekels (US$ 48.000) em fevereiro de 2016, depois que o tribunal considerou ter sofrido maus tratos enquanto trabalhava na residência. Mais tarde naquele ano, o trabalhador de manutenção Guy Eliyahu processou o governo israelense por emprego abusivo e recebeu uma compensação no valor de mais de US$ 30.000.
Através de uma declaração em sua página oficial do Facebook, o primeiro-ministro israelense descreveu as alegações como "mentiras", "calúnias" e "episódios de ficção". "Este não é um processo real. Esta é uma tentativa de chantagem de uma funcionária que trabalhou alguns dias", escreveu.
Ele afirmou que o processo é uma tentativa de "extorsão" de 225.000 shekels (US$ 63.000) de sua família, e que "não há fim para a assassina de caráter".
O líder israelense acrescentou que, durante o tempo em que a mulher não identificada estava empregada, ela esteve na companhia de Sara Netanyahu por "poucos dias".
"Quero dizer, foram poucos dias em que a autora pode ver a Sra. Netanyahu. O tempo que ela passou com a Sra. Netanyahu é mais curto que seu processo", concluiu.